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domingo, 25 de setembro de 2011

SAGRADAS MÃOS


Praia sem sol
Isca sem anzol
Casa sem janela
Talvez fosse
Tempo para amar
Tempo de apagar mágoas
Braço sem rumo
Café sem açúcar
Falta de olfato
Ausência do cigarro
Ou, simplesmente,
O fato de a solidão fluir
Na madrugada
Feito rio, quando chove
Corre mais ligeiro
Leva a paixão sentida
Com todos revezes da vida
Nas sagradas mãos do poeta.


Graciela da Cunha

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