
MEU SILÊNCIO
Deito-me...
O meu corpo sepultado na 
Minha própria cama. 
Eu quase morto. 
Apenas uma leve respiração e 
Um fraco batimento do coração. 
Eu sepultado. 
O peso dos cobertores, o silêncio 
Do quarto, o silêncio da morte. 
E a noite que cai mansamente. 
A solidão daquilo que fui um dia. 
Eu na noite, escura, como todas 
As manhãs escuras. 
Voltou a chover. 
A água estala contra a vidraça e 
Quebra o meu silêncio.
Acordando-me de pensamentos
Macabros.
Alexandre Alaor
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário